Quem será o próximo a cair?

Depois de dois dias de descanso, o Mundial regressa e regressa em força. Brasil e Bélgica jogam a passagem às meias-finais do Campeonato do Mundo. A seleção canarinha tenta chegar ao hexacampeonato, a seleção belga vai à procura de igualar a sua melhor prestação de sempre e de justificar aquilo que muitos esperam desta geração.

Sempre a subir
O Brasil chegou moralizado ao Mundial da Rússia, mas a primeira jornada serviu para colocar um travão nas expectativas e pode ter funcionado como um tónico para a equipa estar mais atenta a possíveis adversidades. Isto porque, aquilo que se tem visto é um Brasil melhor à medida que a competição vai avançando.

A consistência que os canarinhos adquiriram com Tite a selecionador tem-se mantido. Em toda a prova, o Brasil sofreu apenas um golo. Prova de uma equipa que já não está tão preocupada em dar espetáculo, mas que, ainda assim, tem vindo a melhorar no seu processo ofensivo.

Essas melhorias estão intimamente associadas à subida de forma de Neymar e Willian. O craque brasileiro tem sido mais falado pelas suas quedas em excesso do que pelo futebol que tem praticado, mas, assim como a seleção brasileira, também ele tem melhorado de jogo para jogo.

Com os desequilíbrios do número 10 e a subida de forma de alguns elementos, o Brasil tem legítimas aspirações de atingir o hexa. Ainda assim, este será, provavelmente, o jogo mais complicado até aqui, logo numa partida em que não há Casemiro para funcionar como balança defensiva. Será, novamente, um Brasil em alerta.

Recuperar do susto e olhar em frente
A seleção belga venceu todos os encontros do Mundial, mas não se livrou de um valente susto na eliminatória anterior. Só a reviravolta mais rápida da história dos Mundiais valeu à Bélgica o apuramento para os quartos-de-final, mas o Brasil é diferente do Japão.

O melhor ataque da prova, com 12 golos marcados, enfrenta a melhor defesa - apenas um golo -, por isso este é um verdadeiro confronto entre equipas bem diferentes entre si.

Se a seleção belga é dona de um grande poderio ofensivo, com várias soluções no banco para o caso de uma possível falta de inspiração, os problemas defensivos continuam associados aos Diabos Vermelhos. A seleção de Roberto Martínez é frágil na transição defensiva e o Brasil pode aproveitar essas dificuldades para atirar os belgas para fora da prova.

Ao contrário do Brasil, a Bélgica apresenta-se na máxima forma e este é um torneio onde os Diabos Vermelhos podem finalmente dar nas vistas. Nos últimos anos muito se tem falado desta geração. Será desta?


FONTE: Zerozero.pt