69% de posse, 26 remates, 589 passes, 5 horas sem marcar, uma frase: “O Cristiano deixou a fasquia alta. Não se pode tapar o sol com o dedo”

Por estes dias, vive-se um período de nostalgia e remorsos em Madrid. Os merengues ainda se digladiam com a memória da saída de Cristiano Ronaldo - e a mudança que isso trouxe à equipa.

As estatísticas não estão do lado de Julen Lopetegui, o sucessor de Zinedine Zidane: há cinco horas que a sua equipa não marca nenhum golo, por exemplo, lembra o “AS” esta quarta-feira. Para encontrar um registo semelhante, ou seja, tão fraco e tão pouco marcador dos merengues, é preciso recuar a 2007.

Na terça-feira à noite, o Real Madrid perdeu por 1-0 com o CSKA de Moscovo, uma equipa, na teoria, com um plantel muito aquém das qualidades do plantel espanhol. Mas isso era a teoria. Na prática, as coisas foram muito diferentes: o Real teve 69% da posse de bola, fez 26 remates, mas não conseguiu marcar. Já os russos, por sua vez, foram letais.

Sem Cristiano Ronaldo, o Real Madrid perdeu o seu ás de trunfo: o jogador que desbloqueava jogos em que tudo estava bloqueado - especialmente na Liga dos Campeões. Há (muitos) talentos no Real, mas nenhum que ainda tenha ocupado o lugar deixado vago por CR7.

Nem por acaso, Keylor Navas, o guarda-redes do Real, lembrou a falta que Cristiano Ronaldo faz aos merengues no final do encontro com a equipa russa. “Cristiano deixou a fasquia muito alta, não é segredo. Não se pode tapar o sol com um dedo, mas é passado e não se pode viver dele”, confessou Navas. “Falta de golos? Os meus companheiros fazem o melhor possível e os golos vão chegar”, acrescentou.


FONTE: TribunaExpresso